"JJ" Ganha Melhor da raça com juiza criadora
13/06/2004 - Marilia, sabado chuvoso, "JJ" se apresentando como sempre, GANHA a raça e o grupo 8 com a renomada e respeitada Juiza CRIADORA ROMY FIELDS (Abaixo Curriculo da Juiza).
Foi um grande orgulho ter ganho este MELHOR DA RAÇA com a Juiza Romy, para nós vencer com juizes criadores é muito importante, e e por isso que ficamos muito satisfeitos, inclusive em conversa depois da exposição com a Juiza, ele nós disse ter adorado "JJ", e nos confidenciou que apenas 2 vezes em toda a sua carreira de Juiza Internacional, ela escolheu um LABRADOR como melhor do grupo, justamente por sua exigencia ser MAIOR e ela conhecer a raça como ninguem.
Este relato nos deixou muito contentes, além dos elogios de Romy "JJ is Excellent dog, very nice, very sweet....."
Queremos agradecer a Juzia Romy por mais este resultado, e por ter aberto a porta para que pudessemos ter feito outro final de exposição, desta vez com o Juiz Ulisses Guedes, que nos agraciou com um 5º de BIS.
Curriculo e Historia Cinofila de Romy Fields
Sou Escocesa e moro no Brasil desde 1986. Meu ex-marido e eu moramos na Escócia por quase 13 anos e a primeira coisa que compramos, ou melhor, que eu comprei, foi um grande filhote de Labrador preto, a quem chamamos de Zack.
Nessa época, por volta de 1977, eu trabalhava para o "Glasgow Herald", um jornal de publicação nacional e tradicional, no departamento de publicidade. O telefone tocou e uma voz disse que queria anunciar a venda de um filhote de Labrador preto. Ele soava triste e perguntei por que somente um filhote. Começamos a conversar e sua explicação foi que o ventre da mãe havia cedido e tinham conseguido salvar três filhotes. O dono do macho ficaria com um, eles ficariam com outro, e restava um para vender, apesar de não gostarem da idéia. Após conversar por um tempo, disse-lhe que ou eu colocaria o anúncio no jornal, ou eu iria até as montanhas onde ele morava e compraria o filhote. Fui criada com cães e depois dessa curta conversa, senti que um sinal fora me dado. Apesar de termos tido Pastores Alemães, um Poodle, e Border Collie, sempre li a respeito do Labrador e agora que havia casado, chegou a hora de escolher minha raça. O fato de que ainda tínhamos que decorar o apartamento nada significou, a não ser que sabia que precisaria convencer meu ex-marido.
Nessa época, meu ex-marido brasileiro, assim como a maioria dos brasileiros, nunca tinha ouvido falar do Labrador, o que para mim era inacreditável.
Enfim, no dia seguinte estava decidido e lá fomos nós, no nosso velho furgão comprar nosso Zack. Desde o momento em que o vi, Zack capturou meu coração. Ele era um lindo filhote e agora sei que isso é verdade. Seu pedigree (depois pesquisei) era de canis bem tradicionais e famosos. Tudo isso, naquela época, não me impressionava, eu apenas pensava o quão lindo ele era. Ele era de fato um cachorro especial. Quando minha filha nasceu, ele se tornou sua babá e companheiro de brincadeiras. Buscava brinquedos e fraldas por comando e a ajudou a andar. Ele era bem conhecido na vizinhança. Na Escócia as casas são mais abertas e ele fazia amigos durante nossas caminhadas, ou quando saia sozinho para visitar as lojas do bairro. Uma vez, quando eu estava na mercearia local, o dono da loja me parou e disse que sentia muito, mas eu lhe devia $2.50. Perguntei como, já que sempre lhe pagava no ato. Ele explicou que Zack aprendeu a entrar em sua loja, ir direito a prateleira dos enlatados caninos e servir-se de uma lata (geralmente Pedigree), olhar para o dono da loja e ir embora. Eu ri e disse: "Claro, aqui está o dinheiro. Por que você não abre uma conta para ele?". A história foi ouvida pela esposa de um dos diretores do jornal local, que mais tarde me ligou perguntando se poderiam fazer uma história sobre Zack, o que fizeram, com fotógrafos e tudo, entitulado: "Zack, o ladrão local". Zack me ensinou muito sobre a raça e meu interesse cresceu. Após muitos anos querendo voltar para o Brasil, acabei cedendo à vontade do meu ex-marido e viemos morar no Brasil.
Em sua primeira viagem para casa, depois de muitos anos, ele ligou para o Kennel Clube da região pedindo informações de como poderia trazer seu cachorro para morar no Brasil. A resposta do Kennel Clube foi: "Oh! Você tem Labradores!! Porque você não traz um casal contigo?" Naquela época a raça era rara no Brasil. Na sua volta ele repetiu essa sugestão e após muita discussão decidimos tentar achar o casal ideal. Muitas exposições, livros e contatos depois, fui apresentada à Margaret Litherland do Oakhouse Kennel que até hoje é minha amiga. Margaret me escolheu um macho, (filho de Special Edition of Mardas, 2 Res CC),GrCh. Oakhouse Celtic King, e uma fêmea, prima de King (CH. Oakhouse Celtic Queen ).
Zack e os novos bebês chegaram no Brasil em 1986. Ao registrá-los no Kennel Clube pedi para ser apresentada ao Clube do Labrador e fiquei perplexa ao saber que não havia um, (fato verídico até hoje). Em 1988, importamos Inter. Ch "Oakhouse Otterset Athene" (Janey) que se tornou a primeira Labrador do Ranking do país no Brasil em 1989. (Zack's consagrou-se o melhor canil de Labrador do país por 6 anos consecutivos e oitavo melhor canil nacional em 1993.)
Expomos muito pouco hoje em dia. Janey foi minha primeira amarela, uma matriz linda e ótima. Quase todas as minhas fêmeas descendem dela. Por causa de Janey, Margaret me deixou ficar com Inter. Ch. Ch Panamericano, Ch Argentino, Ch das Americas, e Caribe 16 CACIB's "Oakhouse Making a Move"(Max), um cachorro que ganhou Multi BIS e era invencível na raça até o dia em que seu filho o bateu.
Tento através dos anos manter a fé e confiança dados a mim para mostrar respeito a meus amigos criadores ingleses e a meus cães. Não acredito em canis grandes e por essa razão, sou muito cuidadosa ao vender meus filhotes.
Meus agradecimentos a Zack, pois sem ele eu não teria minha família de Labradores hoje.
Visite o site do Canil Zack's - http://www.zackslabradors.com
SUMMER STORM KENNEL LABS