Desculpas típicas de criadores que não checam os seus cães quanto à displasia:
Desculpa : Estamos mais preocupados com a tipicidade, conformação, tamanho do rabo, trabalho, tamanho da cabeça, angulações, etc etc etc do que com displasia.
Contra argumento
: Trata-se de uma questão de priorização do que é "essencial/prioritário" e o que é "desejável". De que adianta uma bela casa construída em cima de bases frágeis e colunas distorcidas? Quantos anos ela irá agüentar? De que adianta um cão "típico" displasico? Qual o tipo de trabalho um LAB será capaz de realizar displasico? Todas esses aspectos de tipicidade, trabalho, etc são certamente relevantes, mas secundários em relação a questões fundamentais de saúde como a displasia, e de forma alguma constituem-se em desculpas razoáveis para continuar cruzando cães sem radiografia e laudo de displasia.Desculpa
: Minha criação é pequena e artesanal, logo não justifica preocupação em tirar laudo de displasia.Contra argumento
: Qualquer indivíduo cruzando cães dessa raça, seja ele criador profissional com 50 cães, criador artesanal com 3 ou 4 cães, ou um simples proprietário com um cão apenas, deverá OBRIGATORIAMENTE tomar as preocupações de radiografar o cão antes de cruzá-lo. Pessoas que não fazem isso só estão adicionando ao problema, e não ajudando a resolver esse problema que é de todos nós. FAÇA A SUA PARTE!Desculpa
: Sendo a displasia poligênica é impossível assegurar que pais com conformação coxo-femoral normal irão produzir cães também normais, e portanto não vale a pena perder tempo tirando radiografias e laudos de displasia.Contra argumento
: Sendo a displasia poligênica (e também recessiva) o que temos é um grande desafio para os criadores, e não uma desculpa para não tirar raio-x e laudo de displasia. Cientificamente sabe-se que existe uma PROBABILIDADE muito maior de pais displásicos produzirem cães também displásicos. E é por isso que a melhor forma de se evitar displasia é NÃO CRUZAR cães displásicos por várias gerações seguidas. Todo o trabalho então é no sentido de redução continua da probabilidade de incidência de displasia no linhagem sendo trabalhada. Em algumas gerações (5 ou 6, segundo especialistas) já é possível garantir que toda uma ninhada será livre do problema. A única opção NÃO ACEITÁVEL é não fazer nada e ficar inventando desculpas ao invés de se fazer o trabalho sério que se espera de um criador sério.Desculpa
: Nossos cães são de trabalho e não de exposição. Logo, não precisamos tirar laudo de displasia dos cães.Contra argumento
: Esse argumento evidentemente visa tirar o foco da discussão para outro lugar, e confundir as pessoas. Para que um cão possa trabalhar DE FATO (e não somente no discurso), e por toda a sua vida (e não apenas por um ou dois anos), é ESSENCIAL que ele tenha toda as condições de saúde para executar suas funções. Isso exclui boas condições das articulações coxo-femorais. Para tal é então fundamental que o proprietário tire o raio-x e o laudo do animal. Como exemplo, a maioria ABSOLUTA dos cães envolvidos em provas de trabalho nos EUA (IronDog) possuem laudo de displasia negativo.Desculpa
: Fulano de Tal garantiu que displasia não é problema, que não é bem assim, etc...Contra argumento
: Desconsiderar o problema da displasia pode ser sinal de má-intenção, mas é mais provável que a pessoa em questão esteja desatualizada, não tendo acompanhado o desenvolvimento da raça a nível mundial nos últimos 20 anos, e precisando de uma boa reciclagem sobre o assunto.Desculpa
: Não existem clínicas onde eu possa radiografar meus cães na minha região, por isso eu não faço o exame.Contra argumento
: Essa desculpa não procede. Em praticamente todas as maiores cidades brasileiras já existem médicos veterinários especializados e autorizados a fazer o exame e dar o laudo. Veja uma lista especialistas no assunto em várias cidades brasileiras.Desculpa
: Meus cães são TOP de linha, e eles NUNCA, JAMAIS, teriam displasia!Contra argumento
: Infelizmente os criadores americanos top de linha até cerca de 20 anos atrás (quando as primeiras matrizes foram trazidas para o Brasil) não se preocupavam com o problema, e portanto até hoje a raça sofre com o problema da displasia nos EUA, incidindo fortemente em várias linhagens consideradas "TOP". O que os criadores americanos tem feito nos últimos 20 anos é efetivamente radiografar os seus cães, e tirar do processo de criação os cães displásicos. O que se espera dos criadores do Brasil é exatamente a mesma postura.Desculpa
: Nenhum veterinário da minha cidade tem credibilidade (ou conhecimento) para tirar um chapa de displasia e emitir o laudo.Contra argumento
: Em quase todas as grandes cidades do Brasil existem profissionais qualificados para tirar a chapa, e mesmo para emitir o laudo . Na pior das hipóteses o criador deverá arcar com os custos de enviar o cão para outra cidade, para tirar a chapa de displasia.Desculpa
: O veterinário XYZ garante que não existe esse problema, ou que todos LABs são displásicos, etc.Contra argumento
: A princípio a o veterinário em questão deveria dar o exemplo, radiografar os seus cães, tirar o laudo de displasia, e só cruzar cães com laudo negativo. Isso é o que se espera de qualquer veterinário, em qualquer lugar no mundo.
Desculpa campeã!! : Meus cães não tem displasia pois todos andam, correm e pulam normalmente.
|
Desculpa
: Já vendi dezenas de cães para pessoas do país inteiro e até hoje nenhum dos cães que eu vendi foi devolvido por causa de displasia. Isso significa que meus cães são livres de displasia, e portanto não preciso radiografá-los.Contra argumento
: Esse argumento é largamente empregado por muitos criadores. Várias dimensões precisam ser observadas:Desculpa
: Nem mesmo os criadores dos EUA acreditam nos resultados do exame de displasia, e portanto é uma perda de tempo.Contra argumento
: Negativo. Esse argumento é antigo, e já não existe mais nos EUA. Mesmo criadores "antigos" estão também empenhados na luta contra a displasia, tendo inclusive esterilizados alguns dos seus melhores cães, tão logo tenham descoberto que os mesmos eram displásicos No quadro abaixo temos as estatísticas. Note que atualmente apenas 6% dos criadores continuam não acreditando ou não checando os seus cães, contra 45% usando o método PennHip e 34% usando o método OFA (ambos oficiais).
Controle de displasia nos EUA: Métodos usados pelos criadores
(206 criadores de LAB participaram do estudo) - 2001
Desculpa
: Meus cães são campeões Estaduais /Brasileiros /Pan-Americanos/etc e portanto eles não tem displasia.Contra argumento
: Completamente sem fundamento! No Brasil (e em outros países) cães displásicos são aceitos em competições sem problema. O fato de serem campeões não quer dizer absolutamente nada. De novo, cães displásicos, em muitos casos, podem levar uma vida normal (sem presença dos sintomas) por longos anos.Desculpa
: Meus cães são pais/avós/tios/irmãos do cão NNN, com laudo negativo de displasia, e portanto significa que meus cães também não são displásicos.Contra argumento
: Esse argumento é uma distorção da realidade e mostra no mínimo pouca noção de matemática básica (probabilidade). A displasia é poligênica, e portanto é possível (mas pouco provável) pais e avós displásicos com filhos e netos não displásicos. A boa matemática (probabilidade) nos mostra que o que deve ser feito nesse caso é efetivamente não cruzar cães displásicos por várias gerações até que os genes ruins, relacionados a displasia, sejam "limpados" do poll genético da linhagem. Em 5 ou 6 gerações poderemos então começar a ver os resultados, com mais de 90% de uma cria sendo livre do problema.Desculpa
: Eu dou garantia TOTAL dos meus cães contra displasia. Se o filhote desenvolver displasia, te dou outro filhote sem problema algum, por isso não faço as chapas.Contra argumento
: A garantia de que o filhote é livre de displasia deve estar escrita no contrato, e constitui-se uma obrigação do criador, não um favor. Acontece que em 95% dos casos, mesmo que o animal desenvolva a displasia, os donos não o darão de volta para o criador (mesmo que ganhem outro filhote), dado o profundo grau de envolvimento emocional dos donos de LABs com seus cães.Desculpa
: Meu veterinário particular tirou radiografias e garantiu que o cão não tem problema algum de displasia. Assim sendo não é necessário ter o laudo do Provet ou similar.Contra argumento
: A análise e laudo de displasia é procedimento bastante específico, e que demanda cursos de aperfeiçoamento e bastante experiência prática, sem contar, é claro, NEUTRALIDADE do veterinário. Assim sendo, é convenção geral para TODOS os criadores de TODAS as raças no Brasil, que o laudo "oficial" quem dá é o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária (CBRV), ou profissional qualificado por esse, como por exemplo o Provet de São Paulo. Laudos particulares servem apenas como diagnóstico prévio. No caso de dúvida entre em contato com a associação de criadores, por exemplo, de Rotweiller ou Pastor Alemão mais próxima da sua casa, e converse com eles sobre a validade de laudos particulares na sua região.FINALMENTE
: Se mesmo com toda essa explicação você ainda assim tem alguma dúvida, sugiro que converse com qualquer veterinário na sua cidade sobre toda essa história de displasia. Como dito anteriormente, displasia é um problema grave em raças de crescimento rápido, tais como Rotweiller, Labrador, Pastor Alemão, Fila, etc, e portanto qualquer bom veterinário poderá lhe dar dicas e explicações sobre o assunto."Constitui-se
OBRIGAÇÃO de TODOS os criadores se preocuparem com esse problema, e não
cruzarem cães sem raio-x E LAUDO negativo de displasia emitido por órgãos
oficiais."