Origem e Comportamento

EXPO DE LAGOA SANTA/MG

Exposição da FMCI – Lagoa Santa – 26 e 27 de Março de 2005 - por Deborah Leão Vieira.

25 de março de 2005, sexta-feira, em pleno feriadão da Semana Santa. Ao invés de viajar e descansar, lá estava eu esperando um telefonema do Roberto. Sem agüentar esperar, liguei e perguntei: “Cadê vocês???”

Assim começou o nosso breve e muito corrido encontro, que me deu a chance de aprender bastante sobre a prática de uma expo, tanto na sua parte boa, quanto no seu pior.

Roberto chegou em Lagoa Santa por volta das 15hs da sexta-feira, acompanhado do Alberto (o handler argentino do Paraguai), e do Thiago, auxiliar do Alberto. Trouxe uma “pequena” matilha de 10 cães: JJ (meu ídolo!), Darkman, GGzinho, Scuba, Big Boss, Jester Kids, Helena, Jessie, Jennifer e Emily.

O lugar da Exposição era bastante agradável, todo gramado e com grandes toldos para instalação dos acampamentos. O calor, que começou brando na sexta, chegou arrasando no domingo, último dia de expo.

Na sexta, eu e Michel (o japa) ficamos mais assistindo do que qualquer outra coisa, sem saber nem por onde começar a ajudar. Descarrega todas as caixas, coloca no lugar, arma os cercados, solta os cachorros nos cercados para fazer xixi e esticar as pernas, liga os ventiladores (eram 6 ventiladores! A gente passando o maior calor, e os cães lá, tomando um ventinho...), coloca as esteiras no chão, monta as mesas, enfim... Dentro de uma ou duas horas, o acampamento estava pronto, todos os cachorros tinha comido e feito xixi, e estavam com água fresca nos baldinhos.

Então, era hora de dar uma ajeitada... Tira um cachorro, dá uma aparada no rabo, tira outro, corta as unhas. Depois de uma ajeitada geral, todo mundo de volta pras caixas. Fomos embora, porque o sábado ia começar cedo. Roberto e Alberto foram para o motel dormir, e até hoje eu não sei bem o que fizeram lá...

Sábado de manhã, 7:30 lá estávamos nós no acampamento. Aí, sim, deu pra trabalhar, sem tempo nem de respirar. Enquanto o Alberto e o Thiago davam banho em um cão, o Roberto trimava e groomava outro, e eu e o Michel íamos cuidando do resto: trocar o papel que forra as caixas, trocar a água, administrar quem ia pro cercado, quem voltava pra caixa... Enfim, por sorte não trocamos nenhum cachorro (eu acho).

13:50 era a primeira pista. A tensão foi crescendo à medida em que a hora foi chegando. A pista atrasou uma boa meia hora. Quando anunciaram a raça, lá fomos nós com as fêmeas para o pré-pista. Coloca as toalhinhas molhadas em cima do dorso, borrifa água, dá gelo... Tudo para evitar que os cães fiquem ofegantes.

Quando começou, ficava difícil até de acompanhar, porque tínhamos que ficar de olho nos cães que estavam conosco. Acontece tudo muito rápido, mal dá para ver a direção em que o juiz aponta. Para minha tristeza, a Emily não levou Melhor Fêmea, mas o Roberto ficou com praticamente todas as classes. Na hora de buscar os machos, uma correria só.

Minha maior emoção foi quando o Alberto virou para mim e disse “Busca o JJ”. Corri para buscar o lindo, maravilhoso, poderoso e vitaminado JJ, que, obviamente, ganhou Melhor Macho e Melhor da Raça. Posteriormente, foi Melhor do Grupo, e ganhou 4º lugar de BIS.

Depois de uma segunda pista um pouco decepcionante, por volta das 17hs, fomos organizar tudo e nos preparar para ir jantar.

Sentamos num restaurante, que não era o que o Alberto queria, mas acabou se revelando bastante bom. Ficamos batendo papo na mesa, relaxando depois do dia duro. Ainda teríamos que voltar no domingo para a disputa do BIS, mas como seria só à tarde, dava pra dormir.

Quando tínhamos acabado de dormir, chegaram o Tony Noronha, handler e dono do canil Tungshat Siberians, de Husky Siberiano, José Luiz Vasconcelos, juiz e sócio do Tony, e Cláudio Cruz, handler, e se sentaram conosco.

Ficamos até tarde jantando e discutindo todo tipo de assunto, ligado ou não à cinofilia. Eu estava exausta, morrendo de sono, mas não conseguia parar de prestar atenção. Aprendi bastante naquela noite.

No domingo, chegamos ao local da expo depois do almoço, já bem em tempo do julgamento do BIS. Depois, toca a desmontar o acampamento... No meio da confusão, fizemos a sessão de fotos.

Foi com tristeza, mas felizes pelo fim-de-semana, que nos despedimos da Sprinter do Summer Storm, com o imenso retrato do JJ pintado na lateral. Guiamos o Roberto até a saída da cidade, e seguimos nosso caminho...

Foi um imenso prazer conhecer um time tão bacana de pessoas e cães. Espero que retornem sempre a BH, e que nós possamos nos divertir outras vezes.