Existem muitas maneiras de medir o índice de inbreeding, ainda que este tipo de cálculo tenha dois principais inconvenientes:
Não se prestam para quando existam múltiplos antepassados comuns, e, neste caso, haveria que se calcular cada antepassado separadamente e, mais tarde, somar os resultados.
Cada vez é mais difícil quando vamos acrescentando gerações e mais gerações aos pedigrees. Tenhamos em conta o quão difícil seria calcular um pedigree com mais de vinte gerações.
Para solucionar esta dificuldade, e ainda que existam muitos precursores, se criou um programa de computação que calcula o coeficiente de inbreeding, o programa GENES, do Dr. Robert Lacy.
Normas elementares para realizar a consangüinidade:
Somente se empregarão para efetuar acasalamentos consangüíneos aos exemplares que se aproximam das características que buscamos estabelecer, que sejam excelentes e sejam totalmente isentos de taras.
Do anteriormente exposto se deduz que tenhamos que ter um projeto, e fixarmos um arquétipo a alcançar.
De cada geração devemos escolher o melhor ou os melhores exemplares entre os filhotes, segundo nosso projeto, com vistas a os utilizar posteriormente.
Portanto não utilizaremos para a criação os elementos que não se aproximem de nosso modelo e descartaremos todo exemplar defeituoso.
Depreende-se do abordado que não se pode empregar critérios de homozigose sem uma seleção anterior. A única razão que justifica o trabalho com consangüinidade é a fixação dos caracteres que procuramos como próprios, e conseguir exemplares excelentes e com <<a marca da casa>>: Para isso, trabalhar com métodos de seleção é indispensável.
Sempre há que se trabalhar sujeitados ao standard e a a saúde. O standard indica o fenótipo ideal de cada raça. Isso não significa que nossa <<línha>>não tenha características peculiares que a distingam das demais.
Se trabalharmos com fêmeas e sem macho próprio devemos escolher sempre o melhor e mais apropriado padreador para elas. Há que se buscar sempre um macho de mais qualidade que a fêmea para melhorar a descendência.
Se o macho é inferior a fêmea, daremos um passo para trás. Temos que ter em consideração que as fêmeas têm um número limitado de ninhadas que podem produzir, e, desse modo não podemos desperdiçar nenhum de seus acasalamentos, principalmente se a fêmea é excepcional.
Um exemplar maravilhoso na aparência, mas com uma má ascendência é produto de um acaso, que é muito difícil que se repita em seus filhos. Não se deveria nunca empregá-lo como padreador. Não se transmite somente o que se vê, mas o que se aporta. No caso da fêmea é diferente.
Se a fêmea é fenotipicamente excepcional e tem uma ascendência, há que se buscar um macho também excepcional, mas que possua elevada dose homozigose baseada em ascendentes fora de série, para que o macho que deixe seu <<nicking>> na descendência. Daí se pode deduzir:
Medíocre com medíocre: só produzem excelentes por acidente.
Excelente com excelente: produzem medíocres por casualidade.
Excelente com medíocre: a pauta será marcada pelo mais homozigótico.
Se tivermos a sorte de encontrar um exemplar que deixe seu <<imprinting>> na descendência, esse tem que ser escolhido para a reprodução. Geralmente é um exemplar, como já temos dito muitas vezes, em que se dá uma elevada homozigose.
Em todas as raças existem indivíduos que marcam com seu traço (nicking). Podem ser macho ou fêmea.
Se pode supor que só os utilizaremos se deixam o <<traço>> que desejamos perpetuar.
Ocorre de dar o acaso de um casal dar magnífica descendência quando se acasala entre si, e por conseguinte cada um ou um dos acasalados cruzados com outro cão ou cadela produzirem só medíocres.
Há que se aproveitar esse tipo de casais.
Não pode existir dois cães idênticos entre si.
Se com 24 letras se pôde compor Don Quixote é inimaginável o que se pode conseguir com o grande número de gens que têm os canídeos.
Artigo escrito por Amalio Lasheras