SUPLEMENTOS
ALIMENTARES:
VERDADE OU MITO
ADORADOS
PELOS CRIADORES, REJEITADOS PELAS INDÚSTRIAS DE RAÇÃO
E UMA DÚVIDA PARA OS VETERINÁRIOS
A facilidade em aceitar que não é necessária a utilização de suplementos em pequenos animais se torna clara ao observarmos que não existem parâmetros palpáveis para se observar diferenças atrativas a curto prazo na suplementação, geralmente num pet sem atividade física avaliamos volume de fezes, pelagem, estado geral.
O organismo dos animais, assim como o nosso, é um complexo sistema de engrenagens que se relacionam entre si e, ao mesmo tempo, com o mundo exterior. O mau funcionamento de qualquer parte desta integração gera problemas com conseqüências do tipo dominó.
Em nutrição de pet todos os estudos são realizados considerando-se homeostasia orgânica (condições perfeitas de temperatura, umidade, higiene e etc.) o que na realidade na maioria das vezes não acontece.
Rações precisam ser extrusadas, premix de vitaminas e minerais participam deste processamento, o que diminui a expectativa de absorção efetivas destes ingredientes devido a temperatura elevada e a predisposição a ligações inseparáveis entre algumas vitaminas e minerais.
O Brasil é muito grande, existem diferenças climáticas bastante expressivas entre as regiões, o que torna variável a quantidade ingerida de alimento por um animal e conseqüentemente de aminoácidos, vitaminas e minerais.
A
sistemática de administração das rações também pode alterar sua eficiência
na absorção: freqüência, horários, maneira do animal ingerir, mistura com
outros alimentos....são muitos fatores.... biologia não é matemática !!!!!!
Outro
exemplo é a ração úmida (em lata) a qual predispõe maior quantidade de
vitaminas lipossolúveis na camada de gordura, o que revela a dificuldade de
homogenização deste tipo de produto.
É preciso atuar prevenindo, porque a sobrevivência do animal depende do equilíbrio, da busca da adaptação e da capacidade do corpo se ajustar as mudanças do ambiente. Caso o animal esteja mal adaptado fisicamente aos agentes estressantes fica vulnerável e pode não responder devidamente a atividades extenuantes tornando-se debilitados.
O objetivo na nutrição ao absorver adequadamente aminoácidos, vitaminas e
minerais e utiliza-los para obter energia, reconstruir e regular processos orgânicos
nos bilhões de células do organismo.
A falta de um destes ingredientes predispõe a bloqueios na atividade de
enzimas, hormônios e diversos outros mecanismos da fisiologia do organismo.
Trabalhos
encontrados em "Tolerance of Vitamin in Animals"e nos "N.R.C"
de diversas espécies demonstram que excessos de vitaminas e minerais podem
ocorrer utilizando-se por mais de 4 a 6 meses doses de cinco a dez vezes maiores
do que a recomendada, o que em pequenos animais só se demonstrou a nível experimental.
Alguns dos suplementos de fórmulas complexas (aminoácidos, vitaminas e
minerais) existentes no mercado podem com segurança ser utilizados em rações
nacionais, elevando níveis destes micro-nutrientes próximos aos encontrados em
rações importadas.
Suplementos a base de glicose, aminoácidos e vitaminas hidrossolúveis, podem ser
utilizados com segurança associados a qualquer tipo de ração
O
alvo está na busca do equilíbrio geral desta complexa engrenagem que é o
organismo do animal. Mesmo quando a preocupação é puramente de ordem estética,
é preciso entender que soluções reais surgem a partir de saúde
Hoje
um grande argumento de superioridade das dietas balanceadas para pequenos
animais e a quantidade de proteína.
Podemos comparar a estrutura de uma proteína com a de uma palavra, onde cada
letra corresponde a um aminoácido.
Apesar de naturalmente serem encontrados mais de duzentos aminoácidos, somente
vinte deles através de várias combinações, compõe as proteínas de todos os
tecidos e órgãos do corpo animal.
Destes vinte aminoácidos, alguns são de extrema importância na dieta, pois, o
animal não sintetiza, são eles: lisina, triptofano, histidina, leucina,
valina, fenilalanina, treonina, isoleucina, arginina e metionina
A
qualidade protéica dos alimentos, ao contrário do que se pensa, não se mede
pela porcentagem de proteína deste alimento e sim pela quantidade, qualidade e
disposição dos aminoácidos na cadeia protéica (AMINOGRAMA).
Um
bom exemplo é a Farinha de Penas, esta farinha tem excelente porcentagem de
proteína bruta (80% - mínimo), mas sua composição de aminoácidos é muito
ruim, basicamente estão presentes em maior quantidade apenas cistina e cisteína.
Muitos alimentos usualmente utilizados na alimentação de pequenos animais, tem
grandes deficiências em aminoácidos essenciais. Ao fornecer para o animal o
alimento extrusado, apenas sabemos a porcentagem de proteína dos rótulos, mas
os níveis de aminoácidos são bastante variáveis a cada lote porque a legislação
permite a utilização de ingredientes que constam em rótulos como eventuais
substitutos que talvez possam ser utilizados muito mais do que eventualmente.
Como nos rótulos o objetivo é atingir a porcentagem de proteína, muitas vezes
não ficamos sabendo que alimentos estão sendo usados nesta dieta.
As vitaminas são um pequeno grupo de nutrientes orgânicos (contém carbono) não relacionados quimicamente e essenciais em pequenas quantidades para o metabolismo e crescimento normais e para o bem-estar físico.
Existem dois grupos de vitaminas:
Lipossolúveis (A, D, E e K) as quais podem ser armazenadas no organismo.
Hidrossolúveis (complexo B, C e H) as quais não são armazenadas em quantidades significativas.
As substâncias formadas nas células a partir das vitaminas ingeridas na
alimentação, participam do metabolismo celular (reações químicas das células)
como cofatores das enzimas (catalisadores biológicos).
Há um número cada vez maior de indícios de que mesmo indivíduos bem-nutridos podem se beneficiar - em termos de otimização de saúde - do uso de suplementos vitamínicos em quantidades prudentes. Além de seu papel no metabolismo, algumas são antioxidantes e, como tal, protegem os tecidos contra lesões provocadas pela toxicidade do oxigênio (gerador de radicais livres).
Existem vários fatores que prejudicam a absorção de vitaminas num alimento balanceado:
Baixa ou ausência de vitaminas em ingredientes e / ou ração;
Baixa disponibilidade de algumas vitaminas nas matérias primas (mesmo quimicamente presentes am alguns ingredientes, não estão sob a forma adequada para absorção e utilização pelos animais).
Fatores antivitaminas (exemplo: Avidina da clara do ovo cru inibe absorção de Biotina ( vitamina H).
Hiporexia ou anorexia por períodos prolongados
Doenças infecto-parasitárias;
Instabilidade das formas vitamínicas. Muitas vitaminas são extremamente sensíveis a: calor, luz, oxigênio, minerais, umidade e temperatura elevada. Tais condições determinam perdas consideráveis de princípios vitamínicos
Rações são submetidas juntamente com seus premix ao processo de extrusão onde a temperatura pode superar 116ºC;
Com excesso de fibras
Rações com baixa inclusão de gorduras
Rações com vitamina B1 em limite marginal e com alta inclusão de carboidratos
Rações com vitamina B6 em limite marginal e com alta inclusão de proteínas.
São elementos químicos em sua forma inorgânica (não associados ao carbono), chamados minerais nutrientes, os quais participam de uma série de processos bioquímicos e fisiológicos necessários a manutenção da saúde.
São divididos em dois grupos:
Macrominerais
(cálcio, magnésio, fósforo, sódio, potássio, enxofre e cloro);, os quais são
necessários na dieta em doses superiores a 100mg.
Microminerais (ferro, iodo, cobre, manganês, zinco, selênio, cobalto e
flúor);, os quais são necessários na dieta em doses inferiores a 100 mg. São
imprescindíveis: para auxiliar a extrair energia dos carboidratos, gorduras e
proteínas; no crescimento e manutenção dos tecidos; como auxiliares na regulação
dos processos orgânicos.
Uma nova tecnologia utilizada para microminerais hoje, são os minerais
quelatados, os quais através de processos físico-químicos são ligados a
aminoácidos tornando-se muito mais absorvíveis e não se unindo a vitaminas em
premix completos
Efrain
Olszewer e Miguel Naveira
RADICAIS LIVRES EM MEDICINA ESPORTIVA - Tecnopress – 1997
Sheldon
Saul Hendler, M.D., ph.D.
A ENCICLOPÉDIA DE VITAMINAS E MINERAIS - Editora Campus – 1997
Dr.
Regis Christiano Ribeiro, Dra. Carmen Cortada e Dr. Renato Valentim
COMPENDIO DE RAÇÕES PARA CÃES E GATOS - Livraria Varella – 1999
H.
De Wayne Ashmead
NUTRIÇÃO & MINERAIS AMINOÁCIDOS QUELATOS - Albion Publicações – 1989
Dr.
Regis Christiano Ribeiro, Dra. Carmen Cortada e Dr. Renato Valentim
APOSTILA CURSO VET-SCIENCE - NUTRIÇÃO ANIMAL – 1999
M.V.
Ronald Glanzmenn. Matéria
Extraída do Site
www.kennelclub.com.br.