GESTAÇÃO
Nesta fase da vida geralmente a cadela se alimenta com 50% a mais de
comida que seu normal. É recomendado dar leite a vontade (se a cadela ou a gata
gostarem de leite) e fazer suplementação alimentar com cálcio, vitaminas e
sais minerais (ou dar uma ração adequada a situação atual do animal). A
grande maioria das fêmeas não apresenta problema nesta fase.
PARTO
Aproximadamente
12 horas antes do início do trabalho de parto, a cadela pode recusar sua
alimentação. Pode também ter um corrimento vaginal esbranquiçado (que é o
tampão uterino). Um corrimento vaginal marrom- esverdeado também é normal e
corresponde a separação das placentas. De 8 a 12 horas antes, a temperatura do
animal cai de 1 a 1 grau e meio.
NASCIMENTO
O animal tem o parto geralmente deitada, com o focinho próximo a vulva,
com fortes contrações. O feto é expelido envolto em um ‘saco’ (saco amniótico),
que normalmente a cadela rompe com os dentes. Junto com o feto e o saco pode
também vir a placenta, ligada ao filhote pelo cordão umbilical. A cadela
geralmente ingere a placenta (ela é rica em hormônios que ajudam o útero
voltar ao normal e a descida do leite).
Se possível, só permita que a cadela ou gata ingira no máximo 3
placentas, para evitar uma diarréia pós parto excessiva. Após romper o saco,
a cadela lambe os filhotes, para limpa - los, esquenta - los e incentiva - los a
respirar. É necessário deixar os filhotes que nasceram mortos ao lado da mãe,
até eles esfriarem , para ela saber que morreram e não achar que foram levados
embora e os ficar procurando.
Se a mãe não romper o saco amniótico, é necessário que seu proprietário
(a) o faça, com os dedos ou com uma tesoura sem ponta, limpa.
Se a mãe não lamber os filhotes, o proprietário (a) fará a limpeza dos mesmos com
suavidade, usando para isto toalhas de papel macio ou de tecido, limpas.
Se a mãe não cortar o cordão umbilical com os dentes, novamente o dono (a) agirá,
amarrando o cordão junto ao abdomem do filhote, com fio dental ou fio de algodão
limpo, cortando na medida de um dedo acima (o fio fica junto ao coto umbilical).
Geralmente dois filhotes nascem em seguida, seguida de uma pausa de 1 a 2
horas antes de novos nascimentos. O trabalho de parto pode demorar até 36
horas.
ATENÇÃO:
se
após nascerem alguns filhotes, a cadela continuar fazendo força, e não nascer
mais nenhum, espere 1 hora e a leve a um veterinário.
se
nenhum filhote for expelido de 4 a 6 horas após o início das contrações
fortes (o animal se contrai todo e contrai a barriga), levar ao veterinário.
se
os filhotes não nascerem até 66 dias após o último cruzamento com o macho,
levar urgente o animal ao veterinário.
se
a cadela começar a ganir, chorar muito forte, parecendo ter dores intensas, e não
nascer nenhum filhote em meia hora, leve - la ao veterinário com urgência.
PÓS - PARTO:
Deixar a cadela repousar após ter tido os filhotes. Há perda de pêlos
neste período pós-parto, mas falhas; assim como é normal uma diarréia pela
ingestão de placenta por 3 a 4 dias (mas sem o animal ficar abatido).
É necessário continuar com 50% a mais de alimentação enquanto a
cadela( ou gata) estiver amamentando. Também é necessário continuar com a
suplementação de vitaminas, etc ou com a ração especial.
Nesta fase, se a cadela ficar amuada, apática, com tremores e/ ou vômitos,
leva-la imediatamente ao veterinário, seja que hora do dia ou da noite for.
GERAL:
1. o ideal é levar o animal ao
veterinário um pouco antes dela entrar no cio (1 mês antes) para ser vacinada
e vermifugada (tratada contra vermes).
2. não deixe cruzar animais
que ainda não tenham 1 ano e meio de idade e não deixe cruzar animais no
primeiro cio. A cadela ou gata ainda estão em crescimento nesta fase e
geralmente não são boas mães pela pouca idade e maturidade.
3. não esquecer que os
filhotes devem ser vermifugados sob a orientação do veterinário a
partir de um mês de idade, e vacinados a partir dos dois meses de idade.
4. não cruzar pela primeira vez
animais com mais de 4 anos, e não cruzar animais com mais de 5 anos.
5. evitar cruzamentos entre
parentes (mãe e filho, pai e filha, irmãos, etc), as chances de
nascerem animais com defeitos nestes casos são bem maiores.
Dra. Maria Thereza Cera Galvão do Amaral
marithe@mandic.com.br
ASSUNTOS RELACIONADOS