MASTITE
O que é?
A Mastite é uma inflamação das
mamas, que ocorre em um grande número de fêmeas reprodutoras e que tem graves
conseqüências, tanto para a mãe quanto para os filhotes por ela alimentados.
Apesar de aparecer raramente durante
a gravidez psicológica, a mastite aparece mais freqüentemente após o parto ao
longo da lactação.
A cadela que desenvolve a mastite
perde o apetite, torna-se triste, abatida, tem febre e, portanto, apresenta uma
aceleração do ritmo cardio-respiratório. Além disso, podem aparecer também
sintomas relacionados ao aparelho digestivo, como diarréia e vômitos.
A mama torna-se vermelha, fica dura e
inchada e durante a apalpação a cadela demonstra dor e desconforto. O inchaço
parte da base da mama até tomá-la por inteiro e pode estender-se pelos tecidos
cutâneos vizinhos. Quando se pressiona a mama atingida, sai um líquido seroso
ou hemorrágico.
Algumas vezes pode-se notar também a
presença de abcessos na massa de tecido da mama. Forma-se pus e, quando o
abcesso está maduro, elimina-se progressivamente o conteúdo deixando uma
cavidade cheia de restos de tecido conjuntivo. Neste caso, os sintomas diminuem
de intensidade e começa o processo de cicatrização.
No entanto, às vezes, este processo
progride chegando à causar a gangrena, o que pode rapidamente (2 ou 3 dias)
provocar a morte da cadela se não foi tratada adequadamente.
Como
sofrem os filhotes
Como a saúde dos filhotes depende
diretamente da qualidade do leite da mãe, eles são afetados imediatamente por
qualquer processo inflamatório/infeccioso desenvolvido pela cadela. Assim, se o
leite materno contém agentes patogênicos (síndrome do Leite Tóxico), os
filhotes serão afetados rapidamente e podem morrer intoxicados.
Assim, quando se observa que os
filhotes da ninhada estão debilitados, choram e sofrem com transtornos
digestivos e/ou cutâneos, deve-se verificar a qualidade do leite da mãe, uma
vez que este pode ser o primeiro indício de que algo está errado com a cadela.
Em regra geral, deve-se pensar numa
mastite quando, sem razão aparente, os filhotes perdem peso em 24 horas ou
deixam de aumentá-lo por 2 dias seguidos. Em caso de dúvida, uma das primeiras
providências é medir o PH (grau de acidez) do leite que em condições normais
é neutro e num caso de mastite torna-se ácido.
Outro exame importante para detectar
a mastite é o exame bacteriológico que confirmará a existência de agentes
infecciosos no leite.
Quando
aparece a mastite
Como em outras espécies animais, a
mastite aparece apenas quando há produção de leite, ou seja, após o parto
ou, excepcionalmente, durante uma gravidez psicológica.
Em primeiro lugar, as lesões da pele
da mama ou mamilo, ocasionadas pelas pequenas unhas dos filhotes, podem ser a
porta de entrada para agentes patogênicos. Com o desenvolvimento da inflamação
a dor pode fazer com que a cadela evite amamentar os filhotes e, como conseqüência,
haverá uma retenção do leite que vai favorecer o desenvolvimento da infecção
que atinge a glândula por via linfática.
Em geral, a infecção atinge a mama
por via sangüínea, a partir de outro foco infeccioso, sendo o mais freqüente
uma inflamação do útero como conseqüência do parto e que, por descuido ou
desconhecimento, não foi tratada.
Existem muitos outros focos
causadores da mastite e, entre eles, pode-se citar transtornos digestivos como
diarréia e/ou prisão de ventre, devido aos quais os agentes patogênicos
chegam ao tecido mamário.
Tratamento
Uma vez tendo sido diagnosticada a
mastite aguda, podem-se utilizar, sob recomendação do veterinário,
anti-inflamatórios que combatam a inflamação e também a dor.
Em caso de abcesso, pode-se conseguir a eliminação dos tecidos atingidos colocando compressas úmidas e quentes sobre as mamas. Para facilitar a cicatrização, é suficiente fazer uma boa higiene diária. Qualquer medicamento, especialmente os antibióticos só devem ser administrados sob orientação do veterinário.
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